A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira 28 pessoas em Dourados (MS) por fraude em licitações, corrupção ativa e formação de quadrilha. Entre os presos estão o prefeito da cidade, Ari Artuzi (PDT), a primeira-dama, quatro secretários e nove vereadores, incluindo o presidente da Câmara, Sidlei Alves da Silva (DEM).
No total, foram expedidos 29 mandados de prisão temporária --além de 38 pessoas que obrigatoriamente irão prestar depoimento.
As ações fazem parte da Operação Uragano da Polícia Federal, que tem como objetivo combater os crimes, supostamente chefiados pelo prefeito da cidade.
As investigações, que começaram em maio deste ano, apontaram a participação de secretários municipais, empreiteiros, prestadores de serviços, vereadores e servidores públicos.
CORRUPÇÃO
As fraudes direcionavam licitação e eram conduzidas por corrupção de servidores públicos e de políticos. Os acordos rendiam 10% do valor do contrato e eram fechados com as empresas escolhidas ilicitamente. O dinheiro servia para o pagamento de diversos vereadores de Dourados, para caixa de campanha e compra de bens pessoais do prefeito.
Também foram presos o atual diretor de Departamento de Licitações, o ex-chefe do setor de licitações, Ignez Maria Boschetti Medeiros (secretária de Finanças), Claudio Marcelo Machado Hall (secretário de Serviços Urbanos), secretário de Obras, Tatiane Cristina da Silva Moreno (secretária de Administração) e os vereadores Aurélio Luciana Pimentel Bonatto, Erivaldo de Melo Moreira, Humberto Teixeira Junior, José Carlos Cimatti Pereira, José Carlos de Souza, conhecido como "Zezinho da Farmácia", Júlio Luiz Artuzi, conhecido como "Tio Julio", Marcelo Luiz Lima Barros e Paulo Henrique Amos Ferreira, conhecido como "Bambu".
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