Baseado em Chico Xavier, filme espírita estréia como aposta de bilheteria

Baseado em best-seller homônimo de Chico Xavier, o filme espírita "Nosso Lar" é lançado hoje como uma das maiores apostas comerciais do ano.

Seu orçamento de R$ 20 milhões não tem suporte em leis de incentivo; e o lançamento de 435 cópias em circuito nacional, segundo divulgou a distribuidora Fox do Brasil, bate o recorde de "Os Normais 2", lançado em 432 salas.

O filme supera em números os lançamentos de "Chico Xavier", que custou R$ 12 milhões e estreou em 377 cinemas, e de "Lula, o Filho do Brasil", cujo custo é estimado entre R$ 16 milhões e R$ 18 milhões.

Com recursos de superprodução hollywoodiana, tem efeitos visuais produzidos pela canadense Intelligent Creatures (de "Babel" e "Watchmen"), e direção de fotografia de Ueli Steiger, do filme-catástrofe "O Dia Depois de Amanhã".

Divulgação



Os atores Werner Schünemann (ao fundo) e Renato Prieto (que interpreta o protagonista André Luiz) em cena do filme

Esse grande aporte garante uma tentativa de representação da vida após a morte, ou da "vida após a vida", como bem lembra um personagem de olhar sereno e roupa esvoaçante.

O filme retrata a morte do médico André Luiz e a chegada de seu espírito a uma "colônia", num cenário de arquitetura futurista e jardins idílicos.

Ali, os dogmas do espiritismo são passados a ele e ao espectador em discursos didáticos.

"Mas a história é forte o suficiente para quem não acredita naquilo", garante o diretor Wagner de Assis, que também assina o roteiro.

No enredo, André Luiz (Renato Prieto) vive nos anos 30, em uma mansão cheia de móveis coloniais, cercado pela família e por empregados negros vestidos como escravos. Ele morre de um mal súbito durante um jantar.

No momento seguinte, o personagem está num lugar escuro, onde há pessoas levando chibatadas e outras chafurdando na lama.

O cenário representa o purgatório. As cenas foram gravadas em uma pedreira no Rio de Janeiro, e a nelas são inseridas imagens de penhascos do tipo "O Senhor dos Anéis".

Doente, André Luiz é resgatado por pessoas que vestem batas de seda com leve brilho púrpura e motivos esotéricos. A equipe carrega o protagonista até um portal de pedras, que será aberto com um gesto parcimonioso de mãos.

Ali, André vai conhecer Lísias (Fernando Alves Pinto), enfermeiro que emite uma luz verde de suas mãos e, com esses poderes, cura ferimentos. Ao som da trilha de Philip Glass composta para o filme, André então vai receber lições de moral.

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